quarta-feira, 13 de julho de 2011

#DIAMUNDIALDOROCK

Os 50 discos que fizeram o rock ‘n’ roll

Redação Super 13 de julho de 2011

Por André Barcinski
(Originalmente publicado na edição de outubro de 2004 da SUPERINTERESSANTE. Leia o texto original – e completo – aqui)

1. The King of Rock and Roll – The Complete 50s Masters – Elvis Presley, 1992


Elvis em sua melhor fase, antes de entrar para o Exército e voltar mansinho

2. Chuck Berry – Anthology – Chuck Berry, 2000

O verdadeiro criador do rock’n’roll e melhor compositor entre os pioneiros do gênero

3. The Essential Little Richard – Little Richard, 1985

O intérprete mais explosivo do início do rock revolucionou a música com seus gritos e sua vibração

4. The Classic Years – Motown, 2000

Uma das gravadoras mais influentes dos anos 60, meca da soul music norte-americana

5. Please Please Me – Beatles, 1963

Eles chegaram como um sopro renovador e fizeram a trilha sonora perfeita para o otimismo do início dos anos 60

6. The Freewheelin’ Bob Dylan – Bob Dylan, 1963

O rock amadurece: pela primeira vez, as letras valem tanto quanto a música

7. Live at the Apollo – James Brown, 1963

O grito primal do funk, por seu maior intérprete

8. The Who Sings My Generation – The Who, 1965

Até então, ninguém havia feito um rock tão radical e barulhento; para muitos, o nascimento dopunk

9. Blonde on Blonde – Bob Dylan, 1966

O atestado de maioridade de Dylan; depois disso, o rock não tinha mais desculpa para a ingenuidade

10. Pet Sounds – Beach Boys, 1966


Um sonho adolescente, embalado pelo pop mais perfeito e cristalino. “O maior disco dahistória”, segundo Paul McCartney

11. Sargent Pepper’s Lonely Hearts Club Band – Beatles, 1967

Auge do experimentalismo do rock. Definiu sua geração e criou novos horizontes para o pop

12. Between the Buttons – Rolling Stones, 1967

Os rebeldes mostram que também têm coração

13. Are You Experienced? – Jimi Hendrix, 1967

Hendrix desfila todo seu arsenal: microfonia, psicodelia, distorção e um pé fincado na tradição do blues

14. The Velvet Underground and Nico – Velvet Underground, 1967

Inaugurou a melancolia no pop. Fez contraponto ao otimismo hippie

15. The Doors – The Doors, 1967

Pessimista e dark, embalado pela angústia existencial de Jim Morrison, na contramão do sonho hippie

16. We’re Only In It For the Money – Frank Zappa and the Mothers of Invention, 1968

Satiriza o hippismo e antecipa o fim do sonho

17. The Village Green Preservation Society – The Kinks, 1969

Os Kinks enxergam além de guitarras barulhentas e fazem o seu Sargent Pepper’s

18. Kick out the Jams – MC5, 1969

Que paz e amor nada! Neste explosivo disco ao vivo, o MC5 pregava revolução, guitarras e amor livre

19. Live Dead – Grateful Dead, 1970

Longas explorações psicodélicas, no melhor momento de uma verdadeira instituição californiana

20. Black Sabbath – Black Sabbath, 1970

Para muitos, uma brincadeira de mau gosto. Para os fãs, um disco que sepultou a inocência dos anos 60 e inaugurou o heavy metal

21. Funhouse – Iggy Pop and the Stooges, 1970

Blues, John Coltrane e punk: a fórmula de Iggy Pop neste verdadeiro clássico do niilismo

22. Greatest Hits – Sly and the Family Stone, 1970

A música negra como arma de guerra: segundo Sly Stone, a revolução só se daria com o povo dançando nas ruas

23. Led ZepPelin IV – Led Zeppelin, 1971

Jimmy Page e sua gangue se escondem por trás do ocultismo e fazem um clássico do hard rock

24. Exile on Main Street – Rolling Stones, 1972

Os Stones esquecem a pose de maus e concentram-se no que sabem fazer melhor: músicasublime

25. Ziggy Stardust – David Bowie, 1972

Uma ópera-rock sobre androginia e extraterrestres. Bowie cria um mundo de fantasia e sonho, que inspirou o punk e a new wave

26. Harvest – Neil Young, 1972

Obra-prima do country rock em uma época de cantores “sensíveis”, como James Taylor e Carole King

27. Transformer – Lou Reed , 1972

O subterrâneo nova-iorquino, com prostitutas, traficantes e bêbados, pela imaginação mórbida de Lou Reed

28. New York Dolls – New York Dolls, 1973

Guitarras altas, batom e roupas de mulher: os New York Dolls confrontavam com bom humor a macheza do rock da época

29. The Dark Side of The Moon – Pink Floyd, 1973

Questionamentos sobre loucura e solidão, embalados pela música mais triste a chegar ao topo das paradas

30. Ramones – Ramones, 1976

Em contraponto ao rock “sério”, quatro desajustados cometem este pecado sonoro, sem solos nem pretensão. Nascia o punk

31. Never Mind the Bollocks – Sex Pistols, 1977

O conflito de gerações em forma de disco: “Somos feios, sujos e não gostamos do que está acontecendo”

32. Talking Heads: 77 – Talking Heads, 1977

O punk cresce e amadurece; o funk de branco do Talking Heads prova que há cabeças pensantes na geração 77

33. Parallel Lines – Blondie, 1978

O dia em que o punk e a new wave fizeram as pazes com o pop. Som comercial sem abdicar de seus ideais

34. Unknown Pleasures – Joy Division, 1979

Velvet Underground para as novas gerações: sombrio e mórbido, vê um mundo mais sem futuro que o do Sex Pistols

35. The Specials – The Specials, 1979

O punk inglês se mistura ao ska jamaicano, que havia anos habitava os bairros mais pobres da Inglaterra

36. Double Fantasy – John Lennon e Yoko Ono, 1980

Depois de passar anos fazendo discos políticos, Lennon e Yoko assumem a maturidade e gravam pelo simples prazer de criar

37. London Calling – The Clash, 1980

Está tudo aqui: rockabilly, reggae, ska, jazz. O grande disco que define o fim da adolescência no punk

38. Heaven Up Here – Echo and the Bunnymen, 1981

Grandioso demais para se encaixar em algum movimento musical, marca o amadurecimento do pós-punk

39. Power, Corruption and Lies – New Order, 1983

O rock abraça a música eletrônica e prova que música “de computador” também pode ter coração

40. The Head on the Door – The Cure, 1985

O Cure embala a morbidez no pop mais acessível e leva a melancolia às massas

41. The Queen is Dead – The Smiths, 1986

O rock esquece os vencedores, celebrando os desajustados, tímidos e fracassados

42. Licensed to Ill – Beastie Boys, 1986

Três espertalhões juntam rap e heavy metal e criam música negra para jovens brancos

43. The Joshua Tree – U2, 1987

O U2 ressuscita o rock político – e os fãs, apolíticos, compram sem perceber a intenção

44. Daydream Nation – Sonic Youth, 1988

Os intelectuais da guitarra fazem uma perfeita radiografia de uma geração sonada pela MTV e pelo rock comercial

45. It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back – Public Enemy, 1988

Um libelo contra a manipulação da mídia, o “embranquecimento” da América de Reagan e o racismo

46. Out of Time – R.E.M., 1991

Rock de gente grande, com ambição e propósito, apesar do lustro pop e do imenso sucesso comercial

47. Metallica – Metallica, 1991

Representou, para a geração MTV, o que Black Sabbath foi para os jovens em 1970: a celebração da negação

48. Nevermind – Nirvana, 1991

O dia em que o punk encontrou a MTV: um disco que destruiu barreiras e que tornou obsoleto todo o rock vagabundo do fim dos anos 80

49. BloodSugarSexMagik – Red Hot Chili Peppers, 1991

Fãs de Korn e Limp Bizkit vão chiar, mas a verdade é que todo o funk metal e o nu metal começaram aqui

50. OK Computer – Radiohead, 1997

Um disco gélido, cerebral e triste, sobre a dificuldade de comunicação no fim do século. Paradoxalmente, foi um sucesso

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